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Por um grande amor...


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Este é um presente que dedico ao grande amor da minha vida e a todos os meus amigos que de uma forma ou de outra, participam da minha vida e que me deixam fazer parte de suas vidas também. Espero que apreciem a leitura. Obrigada a todos pela visita e pelo carinho.

 Amor sempre, Bandida

 

 

 


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Um erro não corrige outro

Bian me mantia na vida dele sempre em primeiro plano, nunca estava ausente, e me dava maior atenção possível. A vida de um homem não é fácil de prever, mas a dele sempre era. Ou estava trabalhando, ou estava comigo. E quando estava ao meu lado me falava tudo, dês da hora em que levantou, como tinha sido seu dia de trabalho, até a hora que ele chegava para estar comigo. Já minha vida era mais previsível. Chegava cedo, dormia até a hora de levar as crianças para a escola, depois ia para o computador ver se tinha recados, abrir meu site, postar no okut, blogar, etc. E quando ele chegava era onde me encontrava, já a esperar por ele, sempre com alguma novidade, às vezes boas, e às vezes nem tanto.

- Amor meu, se eu falar do Bandido você vai ficar bravo com sua more?

- Não, pode dizer, amor.

- Estávamos discutindo agora a pouco e eu bloqueei ele. Ele pensa que estou sozinha e fazendo charme para que ele venha me pedir para voltar. Mas amo você, e não vejo ninguém mais ao meu lado, apenas você. Te amava muito antes de conhecer ele.

- Mas você ainda está com ele... Então não muda muita coisa a nosso respeito.

- Só preciso encontrar um meio de fazer ele ver isso e entenda, vida. Sou sua, não tenho sentimento algum por ele mais.

- Ta certo, mas termina.

- Você ficou xateado comigo?

- Não, eu entendo. Só que preciso passar por isso para estar com você.

- Palavras duras, amor... Às vezes tenho vontade de falar para todos que estamos juntos, mas tenho que engolir isso.

- Eu também queria poder contar a todos, mas tenho que esperar sua decisão.

- Você me assumiria, dizer que namora comigo, que tem dona, amor?

- Com certeza. Você acha que não, é? Pode ter certeza que faria isso agora se você deixasse.

- Uma vez, discutindo com ele na sala, disse a ele que não basta tatuar nas costas o que não sente no coração. Você, sim tatuaria nos olhos se fosse necessário, vida.

- Quando eu entrei de Bandido era por que eu queria ser exatamente isso, seu Amor Bandido.

- Você já era o meu Bandido, muito antes de pensar. Nós dois fomos muito burros para não ver isso, vida.

- Então, você quer que eu te assuma? Eu assumo, pode ter certeza.

- Eu pensava quando te lia no Chat, nossa, ele é muita coisa pra mim, jamais conseguiria chegar perto dele, e você esperando eu desenhar as letrinhas.

(Risos)

- Boba. Te amo tanto.

- Mas é verdade, amor, você não sabe como me torturo com isso. Você sempre foi meu, e eu lá, com raiva das meninas que procuravam por você, porque elas podiam estar contigo. E eu como já tinha o Bandido, pensei, assim é melhor, logo te esqueceria.

- Que nada, eu sempre te quis e sempre vou te querer cada dia mais.

Se eu demorasse muito para decidir isso, a resolver a minha situação, este cada dia mais poderia estar muito perto do fim. Ele precisava viver, era jovem, e eu estava privando ele disso, estava tirando o direito dele viver a vida dele, livremente. Mesmo que fosse verdade, que éramos um do outro, ele não poderia esperar tanto por uma resposta, assim. Era fácil. Abrir o MSN, chamar o Bandido e lhe dizer que não dava mais, que as coisas tinham mudado e que eu já não queria mais estar com ele.

Lendo assim parecia ser fácil e o mais acertado, mas quando eu estava prestes a encarar a situação, o chão sumia, as palavras desapareciam. Até mesmo porque entre ele e eu não havia diálogo algum e, quando conversávamos era sobre algo que ele tinha lido na sala de bate papo. A vida dos outros sim era interessante a ele, ou saber o que os outros pensavam dele.

Quando eu divagava assim, ficava calada pensando na minha vida, Bian sabia o que fazer para chamar minha atenção. E quando fazia meu ar ia de uma vez só, me deixava quase com taquicardia.

- Delicia de homem, sua foto me desarma.

- Tenho cara de mau, as pessoas me falam, vida.

- Sim, de bravo. Por isso que eu disse na sala “Eita homem gostoso...”, porque você tem cara de bravo, de sério demais.

- Não sou bravo não. Teve uma vez que eu entrei na sala da Emanuelly e me pediram para entrar com minha foto.

- Se te pego!!! Entro com minha foto e você vai ver só...

- Não vou entrar com minha foto, amor, não estou louco, não.

- Pode até entrar, mas avisa antes pra mim babar em você todo. Eu entrava com esta, amor, olha.

- Ta linda nesta foto. Meu Deus, que mulher... Nem acredito que estou com você, que você agora é minha.

“...que você agora é minha.” Era dele muito antes de conhecê-lo, só ele que não sabia disso. A tendência daqui para frente era das coisas piorarem, dele começar exigir mais o lugar dele no meu coração, afinal, o coração não era um órgão duplo, igual o pulmão, por exemplo. Tinha que ser de uma pessoa apenas, e essa pessoa era ele. Tinha que por um ponto final de uma vez por todas nesta situação, afinal, ele não podia esperar ou sofrer mais do que já estava sofrendo. Amar uma mulher comprometida, quando tinham muitas outras disponíveis ao redor dele. Eu teria que deixar este medo e enfrentar o Bandido, e tinha que ser o mais breve possível. Era a minha felicidade, ao lado do amor que eu sempre quis pra mim, que estava em jogo.

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