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Por um grande amor...


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Este é um presente que dedico ao grande amor da minha vida e a todos os meus amigos que de uma forma ou de outra, participam da minha vida e que me deixam fazer parte de suas vidas também. Espero que apreciem a leitura. Obrigada a todos pela visita e pelo carinho.

 Amor sempre, Bandida

 

 

 


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Afinidades nas adversidades

Eu até hoje não descobri se Fabiano era espontâneo assim com todos ou só comigo, se era uma máscara, se era apenas eu quem via como ele realmente era. Nunca mal humorado e sempre tinha alguma arte aprontada, coisa de menino mesmo, no decorrer do dia para me contar à noite. Decididamente, um caso perdido, como minha mãe costumava dizer. Mas ela também me dizia que as máscaras, por mais firmes que fossem, costumavam cair e a verdadeira face aparecia.

Ele não era assim. Não tinha tempo para montar um personagem, e mesmo que fosse um personagem, seria digno de um troféu, tipo um Oscar por melhor interpretação. Ele agia por impulso, e a sua beleza era única, suas artes eram sua marca registrada, nada passava despercebido aos olhos dele. Olhos de lince. Mas também tinha um defeito o qual me irritava por demais. Ele conseguia ser mais teimoso do que eu, e isso me incomodava muito. Eu também era, e tinha encontrado um parceiro à altura nas minhas pirraças.

Bian às vezes me dava muito trabalho. Dormíamos muito tarde, ou melhor, muito cedo, geralmente depois das 3:00 da manhã e isso não era saudável para ele, pois quem mora em São Paulo e convive com o trânsito caótico deste estado sabe do que eu estou falando. Ele trabalhava durante o dia e saía de casa às 7:00 da manhã. Um corpo saudável precisava de, no mínimo 6 horas de descanso e ele já não sabia o que era uma noite bem dormida a muito tempo, mas como dizer isso a ele? Simplesmente me ignorava.

- Vida, estou muito brava com você.

- Porque, amor, o que foi que eu fiz?

- Você não me obedece. Lembra que horas eram quando eu te pedi para ir descansar? Sua mãe vai ficar brava com comigo e com razão. Você tem que ter horários para descansar, more. Um dia vou te provar o quanto te amo, e se pego no seu pé tanto assim, é porque te quero bem.

- Nossa, que susto... Fico feliz que se preocupe comigo, linda. E te amo também, muito. Vou ver o que posso fazer quanto a isso, mas não garanto nada, não vou ficar sem você. Já temos pouco tempo juntos. Ah, deixa eu te falar... Vou fazer outra tatuagem nas costas, um dragão chinês, do lado do meu nome.

Fim da discussão, não adiantava discutir nada com ele, com o que ele achava não ser de muita importância. Ele tinha uma facilidade enorme para deixar esses assuntos para uma outra ocasião, e isso me deixava impotente, como se eu estivesse me preocupando à toa. Discutir? Pedir para retomarmos o assunto do descanso dele? Não adiantaria nada, o melhor era deixar o assunto de lado por enquanto.

- Muito grande, amor? É muita coragem, more, coisa que não tenho. Quando eu era adolescente, pensei num dragãozinho degradée verde, azul e lilás no seio, mas dói pra caramba. Desisti.

- Não dói não, é apenas psicológico.

- Quando você está pensando em fazer, vida?

- Ainda não sei, mas já está paga e tudo.

Bela jogada, assim eu não poderia dizer não a ele. Só me restava dar meu apoio.

- Então já é certeza que faça. Já estou aqui anciosa para ver. Sei que a foto vai ficar linda e que você vai ficar mais gostoso ainda... E que vai me dar muito mais trabalho ainda...

(Risos)

- Não vou amor, fique tranqüila, sou apenas seu. Não apenas aqui, mas na minha vida mesmo, de verdade.

- Você não faz idéia do que você representa para mim, menino. Chega a ser doentio o que sinto. Às vezes me pego aqui lendo voce, venerando cada letrinha sua. Amor, quando você for fazer, você vai se lembrar de mim, na hora?

- Quando eu for fazer...?

- A tatuagem. Quando aquele carrasco estiver furando sua pele, amor.

- Sim, se isto te acalmar, querida.

- Totalmente viciada em você.

- Eu também, amor, eu também.

O que era verdade. Ele brincava, ria muito, não parava um instante se quer queito. Tinha que ter muito pique para companhá-lo nas suas bagunças generalizadas. Tinha vezes que eu desistia, e o deixava solto. Ele sentia minha distância e logo vinha me dar colo, ficar comigo. Era nesta hora que eu o amava muito mais, se é que isso podia ser possível.

- O que você está fazendo, querida?

- Nada, amor. Pensando apenas.

O orkut dele parecia um pote de mel, difícil entrar lá e não pegar algumas abelhinhas voando por lá, sem pegar alguma coisa errada. Pra variar...

- “Lu!!!:

    Oi nino ta sumido heim?

    Passando para desejar uma ótima semana para vc!

    Bjos!”

(está sumido porque está comigo, rsrsrs). Sou terrível, vida.

- Verdade, amor.

- E hoje tenho que te namorar muito, porque de noite não vou poder te dar carinho.

- Porque não???

- Porque sua more vai trabalhar, amor meu.

- Ah, tinha me esquecido, vida. Nem vou entrar no Chat a noite então.

- Claro que vai! Quero que se divirta como se eu estivesse contigo e amanha cedo me diga como foi sua noite, amor. Como antes, como sempre foi. Eu confio em você, meu querido. E te amo tanto, tanto, tanto...

- Eu também te amo muito, minha vida.

Ele tinha que continuar a viver a vida dele, independente da minha, quer queira ou não. Tínhamos amigos em comum, lugares que já freqüentávamos antes de estarmos juntos, e não era bom mudarmos nossas vidas agora que estávamos nos entendendo. Agora sim que era o momento de estarmos mais livres, pois agora eu o tinha comigo e ele a mim, e era bom que soubessem disso, para que o deixassem em paz.

E eu ainda tinha que decidir minha situação para poder estar nas salas como a “Bandida do Bian”, como a Kitti era. Ela sim, era de personalidade. Decidiu que amava o Fabiano_Sp, disse a ele o que sentia, e hoje vivia o grande amor da vida dela. Já a Bandida, apesar do nick forte, não tinha a mesma coragem, faltava-lhe a determinação de ser feliz, eu acho.

Embora eu gostasse muito da Kitti, a Bandida ainda quebrava todos os tabus, pois conseguia ter vida própria, independente de eu ser ela ou não. Ela era única, deixava sinais por onde passava, fosse pela sua sutileza, ou mesmo pelo seu modo estrondoso de resolver as coisas.

“Resolver as coisas... Ótimo você lembrar disso. Resolva sua situação com o Bandido o quanto antes, minha cara, e dê a felicidade que o seu Bian tanto necessita. A felicidade dele depende única e exclusivamente de você, apenas.”

Talvez eu fosse a única pessoa no mundo com consciência destrutiva, assim.

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